#31 | Novidades da newsletter, Yellowstone e Jornada do herói.
inventei uma coisinha nova vem ver e escutar (spoiler)
Agora os textos vêm com um bônus especial: minha voz.
A partir de hoje, você pode ouvir um trecho em áudio antes de mergulhar no texto completo. É como se a gente estivesse conversando rapidinho antes do café, pra você me conhecer um pouco mais de perto e ler tudo com a minha entonação (quem nunca leu e-mail ouvindo a voz da pessoa, né?).
Claro, se preferir só ler, tá tudo aqui também. O áudio é um extra, não uma obrigatoriedade. ;)
📺 Yellowstone, falhas humanas e criação de conteúdo
Terminei de ver Yellowstone esses dias e ainda tô processando.
A série é uma aula de como criar personagens que não precisam ser heróis perfeitos pra serem interessantes. Na real, o melhor dela é justamente isso: ninguém ali é 100% certo ou errado. Todo mundo tem motivações complexas, traumas, contradições. E isso, curiosamente, tem tudo a ver com como a gente cria conteúdo hoje.
📌 A perfeição não engaja. A humanidade, sim.
Se você cria conteúdo esperando acertar sempre, agradar todo mundo ou ser o exemplo ideal... sinto te dizer, mas você tá escrevendo pro algoritmo errado.
Na série, o roteirista Taylor Sheridan trabalha magistralmente os conflitos entre personagens opostos — e isso me lembrou como a gente pode usar contraste e tensão no storytelling pra prender atenção. Beth vs Jamie, John vs o mundo inteiro... é o conflito que move.
📚 Jornada do herói (na prática)
Assistindo Yellowstone (e também os spin-offs 1883 e 1923), comecei a enxergar claramente as etapas da jornada do herói, aquela estrutura clássica de storytelling que a gente vive estudando pra aplicar em lançamentos, roteiros de vídeo ou textos de venda.
E olha, o universo inteiro da série é um case perfeito:
Em Yellowstone, a trajetória de Kayce traz vários elementos da transformação interior do herói relutante.
Em 1883, a jornada é visceral: o chamado à aventura é literal, uma travessia física e emocional por territórios desconhecidos. A protagonista, a Elsa amadurece com dor e perda, aprendendo o que é liberdade e sacrifício, aliás 1883 é a minha preferida do universo Yellowstone.
Em 1923, o arco do personagem vivido por Harrison Ford carrega o peso do legado familiar, mas também lida com conflitos internos e escolhas difíceis mostrando como o herói também pode ser guiado pela responsabilidade.
Lembre-se: na jornada do herói, o herói da sua marca é o seu cliente. Você é a guia (ou mentora) que ajuda.
Dá até pra mapear com os passos do StoryBrand do Donald Miller: protagonista com um problema, que encontra um guia, recebe um plano, é chamado à ação, evita o fracasso e termina com sucesso (ou pelo menos, sobrevive).
Se você nunca viu as séries, talvez valha como "laboratório narrativo". E se já viu, experimenta rever com esse olhar de quem escreve roteiro de funil. ;)
E pra te ajudar a aplicar essa lógica na sua própria marca, deixo aqui um mini-questionário baseado no modelo que uso com meus clientes:
📄 Questionário do Roteiro de Marca:
Quais são os possíveis problemas que sua cliente ou aluna enfrenta? Liste pelo menos três.
Descreva a situação atual da sua cliente/aluna em relação ao seu nicho. Qual é a situação desejada que ela busca?
Dos problemas identificados, qual é o principal que você resolve? Qual é a dor que mais dói?
Quem é o "vilão" dessa história? O que está causando os problemas reais?
Identifique os três níveis de problema: externos, internos e filosóficos.
Como demonstrar empatia com os problemas internos dela? O que vocês têm em comum?
Qual é o seu plano de processo para guiá-la até o resultado? Quais os passos?
Quais são suas chamadas diretas para ação (compra)? E as transitórias (conteúdo leve, newsletter, etc)?
O que sua cliente evita ao comprar seu produto? E o que ela pode perder se não agir?
Depois de responder, você vai ter uma base muito mais sólida pra comunicar sua proposta de forma envolvente e estratégica.
💬 Papo de bastidor
Gravar esse áudio foi um pequeno desconforto criativo — mas do tipo bom.
A gente fala tanto sobre ser autêntico online, mas às vezes esquece que mostrar a própria voz (literalmente) é um baita passo pra criar mais conexão. E conexão é o que constrói marca, confiança, comunidade.
Por isso, essa newsletter não é só pra te entregar dicas ou reflexões sobre conteúdo. É pra gente se conhecer, trocar e caminhar junto nesse caos bonito que é criar na internet.
Me conta?
Você curte esse tipo de insight misturado com cultura pop?
Já viu Yellowstone (ou 1883 e 1923)? Ou ficou com vontade de ver?
E mais: que personagem da série mais parece com o criador de conteúdo que você é hoje?
(Se quiser me responder, tô do lado de cá — adoraria saber!)